Francisco,
Estou começando esta carta e nem sei como ela terminará. Estou com o propósito de mostrar meus pensamentos, ou melhor, pensamentos que me veem à cabeça quando penso em você. Espero que eu consiga ser o suficientemente claro, pois tenho o hábito de fugir de meus sentimentos.
Desde a última vez que nos vimos fiquei inquieto, pensando em você, querendo ficar perto, mas ao mesmo tempo em dúvida, confuso com toda a situação circundante. Bem, não sei o porquê mais te quero muito bem, desde a primeira vez que te vi, embora antes pensasse em você apenas como um amigo. Mas a vida é assim, não avisa nada quando quer que vejamos o outro.
Há muito tempo ouvia dizer que era comum a gente se apaixonar por amigos, nunca dei crédito, preferia pensar que era coisa de pessoa fraca. Me enganei.
A convivência com você, seus trejeitos, humor e tristeza me encantam. Lembra quando falei com você por telefone? Achei que tivesse dito tudo, mas hoje penso que preciso reafirmar que gosto de você, quero ficar perto, cuidar de você, sei lá o que for, entende?
Por outro lado, parece louca essa situação: que o namorado de meu melhor amigo seja a pessoa que eu mais queria perto de mim agora.
Quero deixar claro que ainda que não considere essa possibilidade, você é importante para mim e ainda assim quero continuar com você por perto, nem que seja como amigo. Você é especial e tem um lugar no meu coração.
João.