sábado, 27 de fevereiro de 2010

Homens

Os homens
O que são os homens?
Seu desejo
Sua sexualidade
Seu membro
Vêm antes da alma.

Imagem roubada daqui.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Retalhos





A vida é uma longa despedida
Só não nos damos conta de imediato.
Cada ano vivido vai deixando pro futuro
Um bocadinho de melancolia.
Sofro desse mal
E acho que não tenho cura.
Desde a infância
Sempre soube disso:
Minha alma é feita de retalhos
Disformes de melancolia

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cueca Preta


Meus dedos encontram seu dorso
Retesado.
Ar rarefeito
Respiramos a nós mesmos.
Desço pela amplitude de suas costas, escorregam minhas mãos
Nossa pele se acaricia.
Encontros.
Lentamente chego a uma superfície,
não é sua pele, mas me desperta
os sentidos.
Olho, constato: vestia cueca preta.
Simples, sem afetação
Mas que escureceu
os meus sentidos

sábado, 14 de novembro de 2009

Mudo




...o calor da temperatura contrasta com a frieza de seu telefone mudo. Calado. Apenas a espreitar minha procura de notícias.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Chás e Churrascos

Tarde
Dois mundos no mundo
Vários olhares
Oblíqua visão
Entre porcelanas
E chás
E bolos
E doces
Eles mantêm
Com delicadezas e humor picante
Momentos de alegria
Da existência sem o controle social externo.
Não muito distante dali
Numa chácara qualquer
À beira da churrasqueira
Latas de cerveja
Copos simples
Muito samba
Violão
Batuque
Elas se mantêm
Com gestos tenazes
Entonações firmes
Momentos de alegria
Onde ser mulher basta.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Intensamente fugaz

Eu te amo
só por um dia.
Só por este período
Talvez seja possível que eu
Desprenda de mim.

Fui acostumado a fugir de tudo
aquilo que expõe
Meus sentimentos.

Só posso ser seu
Neste momento.
Neste momento eu te amo
E juro que sou verdadeiro
Mas só neste momento.
Não me pergunte por amanhã.
Hoje posso, sou seu.
Depois, não sei.

*Poema dedicado a um grande amigo

Palavras roubadas


"Morre lentamente, quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos."
Neruda